Texto Nina Weingrill
Você lê livros de teorias freudianas, calcula a raiz quadrada das
ovelhinhas quando vai dormir, estuda conceitos filosóficos. Mas chega
uma hora que ficar mais esperto é muito difícil. a solução: juntamos
estudos que provam ser possível aumentar sua capacidade cognitiva.
VISTA UMA ROUPA DIFERENTE
A
rotina acomoda nossos neurônios, que deixam de criar novas sinapses. É
como se o cérebro funcionasse apenas no automático. Vestir alguma coisa
que não está acostumado, por exemplo, obriga as células do cérebro a
aumentar os dendritos – braços do neurônio por onde as informações são
transmitidas. E, quanto mais caminhos, melhor.
APRENDA CHINÊS
É
muito mais fácil aprender espanhol. Há um motivo para isso: quando a
língua é similar à nossa, ela passa a compartilhar a mesma área
cognitiva que já usamos. Para aprender chinês, é preciso ativar uma nova
rede de células. É a mesma lógica de sair da rotina. Mas aqui,
uma área específica do cérebro é ativada: a da linguagem.
TOME BANHO DE OLHOS FECHADOS
Assim
você aumenta o número de ligações entre os neurônios, desenvolvendo a
propriocepção – capacidade de reconhecer os membros em relação ao resto
do corpo. Como efeito colateral, todos os seus sentidos ficam mais
aguçados – visão, olfato, tato. Mas talvez você descubra que não gosta
do cheiro do seu sabonete...
BEBA CAFÉ
Nem
de mais, nem de menos. Quatro xícaras por dia são o suficiente. A
cafeína bloqueia os receptores da adenosina, neurotransmissor que causa a
sonolência. Com café nas veias, você aumenta a velocidade do
processamento de informações e fica mais atento para concluir tarefas
complexas, como uma prova de química.
DURMA 8 HORAS POR NOITE
O
sono se divide em duas partes. A primeira dura cerca de 1h30 e regenera
as células lesadas durante o dia, recuperando o organismo. Na segunda
etapa, a memória é reorganizada. Em um adulto de hábitos normais ela
dura entre 6 e 7 horas. Se você acordar antes disso, pode atrapalhar os
processos de consciência.
OUÇA MOZART
A
música do compositor austríaco estabiliza no cérebro as ondas alfa,
que se associam à diminuição da tensão mental. É o chamado efeito
Mozart. O som estimula áreas relacionadas à memória e exige uma
atividade mental complexa, pois seus códigos são baseados em notas e em
seqüências de tempo. Só que os efeitos da melhora têm vida curta: de 15 a
20 minutos.
FONTE: revista superinteressante, ed. 239